quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

POEMA:


Infância no Engenho
Por: Hildebrando Matoso

Ai quem me dera voltar
ao meu tempo de criança
vivia só de brincar
e tinha muita esperança.

Fui menino de engenho
e na "bagaceira", brincava!
até que surgia meu pai,
e a brincadeira a cabava.

É que a gente não ficava,
só brincando no "bagaço",
brincava na força bruta,
era um verdadeiro "cangaço".

Papai puxava a orelha
e, mandava logo pra casa
mas, o pior acontecia...
a gente logo apanhava!

Mas, que vida boa eu tinha,
quando eu era garotinho!
tomava banho no "mandante", (rio)
que montava um cavalinho!

Comia mel e rapadura.
e, água de coco eu bebia,
de tudo quanto eu fazia!
Foi o periodo mas lindo,
que, hoje, não volta mas, não!
mas, trago comigo as lembrança,
bem dentro do meu coração!!!

Quem me dera, poder voltar,
aquela infância querida,
pedaço do meu coração!
tudo que eu tinha na vida!

Aos domingos bem cedinho,
ia à missa na capela!
e, olhando lá para o rio,
a vida era a coisa mas bela!

Meu Santo Antônio querido,
que saudade ainda eu tenho!
de brincar na bagaceira
e ser menino de engenho.


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