quarta-feira, 3 de março de 2010

NOSSA ESTRELA DO BARRO!



Sr. Antônio Soares



Nasceu em Santo Antônio do Potengi, lugar onde viveu até a sua morte, no qual trabalhou até sua morte modelando a louça figurativa. Teve destaque como primeiro ceramista da comunidade a ter sua obra identificada e divulgada externamente, foi o criador da bilha de barro branco em forma de galo, ornamentada com flores vermelhas e folhagens verdes, peça que se transformaria no símbolo do folclore do Rio Grande do Norte.Sr. Antônio não pintava seus galos, decorava-os com flores gravadas em baixo relevo utilizando para esse fim, a ponta de palitos de fósforos.






Não há registro do seu nascimento e óbito. Mas sabe-se que faleceu com aproximadamente oitenta anos, entre o final da década de 1960 e início da década de setenta, sendo sepultado no cemitério de São Gonçalo do Amarante (SEDE). Foi casado com a senhora Maria das Dores Soares, que também era ceramista, modelava panelas.






Antônio Soares também foi o responsável a ensinar o ofício do barro a Dona Neném, que com aproximadamente doze anos de idade aprendeu os segredos da arte do barro. Esta observava com atenção o trabalho do Mestre, de quem recebeu forte influência. D. Neném começou alisando as peças na fase de acabamento para apenas depois dividir o trabalho durante o processo de modelagem. Após a morte de Sr. Antônio, tomou para sai responsabilidade de continuar a peça do galo de barro branco,popularizando a tal ponto que muitos a tem ainda hoje erroneamente como a criadora do galo,talvez seja pela perfeição nas peças inigualável até hoje por qualquer que seja o artesão.Outros artesãos a imitam reproduzindo e reinventando a forma original do galo numa diversidade de técnicas e dimensões.






De acordo com suas netas Ana e Geruza, Sr. Antônio recebeu nos anos 60 uma encomenda do então prefeito Djalma Maranhão, para modelar no barro a figura de uma mãe com uma criança destinada à Praça das Mães, em Natal, na antiga Avenida Junqueira Ayres, entre os bairros da Ribeira e da Cidade Alta. A peça teria sido posta no local, mas infelizmente pouco tempo depois fora perdida pela ação dos vândalos que a destruíram completamente.

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