Séphora Maria Alves Bezerra
Poeta, Atriz, Filósofa, Miss São Gonçalo do Amarante 1979
Nasceu em 16 de junho de 1961, Centro, São Gonçalo do Amarante / RN.
Considerada a mulher mais bonita na década de 70 em nosso Município. Começou a se destacar desde cedo no meio artístico local. Em 1974, foi uma das fundadoras do U.D.C. - União e Desenvolvimento Comunitário, junto a Murilo Paiva e Pedro Miranda, supervisionados por Irmã Gervásia Brasil, responsável por eles junto a Igreja e a comunidade. Trabalhou ativamente em peças, como autora, atriz e coreógrafa. Entre seus destaques como atriz, estão Maria mãe de Jesus, Verônica, Salomé e Maria Coceira.
Participou da formação de um Pastoril feito pelas alunas de sua mãe, além de auxilia-la na criação de várias danças que ficaram famosas no Estado, como "Aquarela do Brasil", que abrilhantou o Encontro Nacional das Revendedoras Avon, em Natal no ano de 1980.
Em 1979, trabalhando em Natal, foi convidada pela organização estadual do Concurso Miss Rio Grande do Norte a participar do evento como a nossa representante. Foi inscrita no concurso, e quando preparava para a divulgação, o evento estadual foi cancelado devido ao estado de calamidade causado pela seca no estado. Em 1980, mas uma vez foi convidada, mas dessa vez não aceitou, estava noiva e se preparando para o casamento.
Depois de ter morado em Belo Horizonte / MG por vários anos, ela voltou a São Gonçalo em 1989, começando uma nova trajetória na história cultural do Município.
Em 1993, publicou um livro de poesias junto com Locha, com título de Retrato em Preto e Branco; foram dois lançamemtos de sucesso, um no Natal Shopping e outro em São Gonçalo. Trabalhou junto ao seu irmão Rico Bezerra, na Abrilfest-Femuc, também como apresentadora do concurso da Rainha do Município, de 1992 a 1996.
Nas Artes Plásticas pintou vários quadros, em sua maioria Natureza, estando expostos em várias partes do Brasil, em residências e escritórios.
Em 2005, dentro de um trabalho de pesquisa sobre os antigos pastoris sãogonçalenses, formou juntamente com seus irmãos Rute Maghi e Rico Bezerra, a Cia de Dança Dona Joaquina que depois passou a se chamar Balé Popular, com o intuito de ajudar na formação cultural de crianças e adolescentes do Município através da dança. Com o primeiro espetáculo, surgiu a oportunidade de se formar o Pastoril Dona Joaquina; com a herança cultural deixada pelo seu Tio Zuca, um dos mais concorridos Pastoris profanos da região na década de 50, além de sua avó, que formava nas décadas de 20 e 30, pastoris religiosos (lapinhas), e sua mãe que comandava entre 1979 a 1983, o Pastoril Religioso Escolar (mais animado que a lapinha), o Pastoril tornou-se autêntico, mas adaptado para os dias atuais, com passos elaborados e mais ágeis; entre suas pastorinhas, encontramos descendentes de antigas brincantes dos pastoris de São Gonçalo.
Em 2007, o Pastoril Dona Joaquina vai a Olímpia / SP, no Festival nacional de Folclore, representando a Cultura Potiguar, e é reconhecido pelos folcloristas e pesquisadores presentes, a sua autênticidade e habilidade para o resgate da cultura junto a juventude do novo milênio.
Mestra em Filosofia, especialista na Mística Medieval, foi palestrante em vários congressos e seminários pelo Brasil e também na Argentina. Tem artigos e estudos publicados em vários países e idiomas.
Livro de poesia lançado em 1983
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